Abstract Don Manuel Fuentes Ijurra was an indigenous-descent Peruvian traveler and writer of great importance for understanding the history of the border regions between Peru and Brazil. Wealthy, literate and visionary, he published in 1849 the travel report Viaje a las montañas de Maynas, Chachapoyas y Pará: Vía de Amazonas [Travel to the Mountains of Maynas, Chachapoyas and Pará, through the Amazon River]. The present research, based on the chapter “Provincia del gran Pará en el Imperio del Brasil” [The Grão-Pará Province in the Brazilian Empire], seeks to contextualize both the writer and his work in the intellectual and historical environment of his time, mainly drawing on Ricardo Palma (2022), who included a short story about Ijurra in his Tradiciones Peruanas [Peruvian Traditions], and Euclides da Cunha (2019), who mentioned Ijurra’s travel report in À margem da história [At the Margins of History]. As for our translation of the aforementioned chapter into Portuguese, as well as for our notes and comments, we draw on Chirif (2016), Santos, Medeiros & Costa (2022), and others, to discuss the translation choices of toponyms and fauna, as well as indigenous and peninsular words and cultural expressions concerning the 19th century.
Resumo O peruano Don Manuel Fuentes Ijurra, de ascendência indígena, foi um viajante e escritor de grande importância para a compreensão da história do Peru e do Brasil nos territórios fronteiriços. Como homem rico, letrado e visionário, publicou o relato de viagem Viaje a las montañas de Maynas, Chachapoyas y Pará: Vía de Amazonas, em 1849. Para a presente pesquisa com base no capítulo “Provincia del gran Pará en el Imperio del Brasil”, buscamos contextualizar tanto o escritor quanto a sua obra no ambiente intelectual e histórico da época, principalmente recorrendo à Ricardo Palma (2022), que escreveu um conto sobre Ijurra em Tradiciones Peruanas, e à Euclides da Cunha (2019), que mencionou o supracitado relato de viagem em sua obra À margem da história. Quanto à tradução, notas e comentários realizados do capítulo, “Provincia del gran Pará en el Imperio del Brasil”, no par linguístico ES-POR, nos apoiamos em Chirif (2016), Santos, Medeiros & Costa (2022), e outros, para discorrer sobre as escolhas tradutórias de topônimos e elementos da fauna, além de palavras e expressões culturais indígenas e peninsulares concernentes ao século XIX.